No último sábado (18), o Santuário Tabor da Confiança Vitoriosa no Pai, em São Paulo, tornou-se um verdadeiro cenáculo de fé e gratidão, ao celebrar os 111 anos da Aliança de Amor, marco que recorda o dia em que o Padre José Kentenich e um grupo de jovens selaram, em 1914, o primeiro pacto de amor com Maria. Foi um dia marcado por oração, comunhão e fé viva, em que cada peregrino renovou com alegria o seu “sim” à Mãe e Rainha.
Logo nas primeiras horas da manhã, os participantes do Terço dos Homens da Diocese de Santo Amaro tomaram conta do Santuário com sua oração fervorosa. Apesar do tempo nublado, o calor humano e a devoção criaram um clima de verdadeira comunhão e fé.
Celebração Eucarística das 12h – “Maria, saúde dos enfermos”
O ponto alto da manhã foi a Santa Missa das 12h, presidida pelo Padre Chinaka Justin Mbaeri, da Paróquia Santa Josefina Bakhita, do Largo do Paissandu. Em sua homilia, o sacerdote conduziu os fiéis a uma reflexão profunda sobre a missão de Maria e o chamado de cada cristão a ser instrumento de cura e esperança.
Inspirando-se no Evangelho de São Lucas, o Padre recordou que “Jesus é o Médico Divino que cura as feridas do corpo e da alma, e Maria, como Mãe, nos conduz a essa verdadeira cura interior”. Ele destacou ainda que cada batizado é chamado a ser “agente de cura espiritual”, começando dentro da própria casa:
“A missão começa no lar, com gestos simples de perdão, acolhimento e ternura. Somos chamados a aliviar o sofrimento dos outros com o remédio do amor e da misericórdia.”
O sacerdote também convidou os devotos a contemplar Maria como Saúde dos Enfermos e Boa Médica das Almas, aquela que “cura com o remédio da graça e nos ensina a sermos missionários da compaixão”.
Festival da Esperança – Viver o Ano Jubilar com ardor e missão
À tarde, a programação seguiu com o Festival da Esperança, um encontro fraterno e missionário que reuniu os diversos Ramos e Comunidades da Família de Schoenstatt da Vila Mariana. Cada grupo apresentou de forma criativa o tema “Como meu Ramo vive a esperança, à luz do exemplo do Venerável Diácono João Luiz Pozzobon”, testemunhando a força transformadora da Aliança de Amor vivida no cotidiano.
Os testemunhos expressaram a convicção de que “a esperança não decepciona” e que o Ano Jubilar é um tempo de graça e renovação interior. Na oração conduzida pela assembleia, ecoaram as palavras:
“A vivência da Aliança de Amor nos torna sinais de esperança. Juntos, queremos incendiar o mundo com o fogo da missão que parte do Santuário.”
Ao final do Festival, cada fiel recebeu uma vela das mãos da Juventude de Schoenstatt. Com as luzes acesas diante do Santuário, todos renovaram solenemente a Aliança de Amor com a Mãe e Rainha Três Vezes Admirável, reafirmando o compromisso de serem portadores de esperança e confiança vitoriosa no Pai.
Celebração Eucarística das 17h – Com Dom Edilson de Souza Silva
Encerrando o dia jubilar, a Celebração Eucarística das 17h foi presidida por Dom Edilson de Souza Silva, Bispo da Região Episcopal Lapa. Em sua homilia, o bispo destacou o sentido atual da Aliança de Amor, chamando cada fiel a uma vivência concreta da fé e intimidade com Deus.
“Nós precisamos ter a Palavra de Deus na mente e no coração”, afirmou Dom Edilson, recordando que a Bíblia não deve ocupar um lugar esquecido nas estantes, mas ser presença viva no lar, alimento cotidiano da alma… É preciso ter intimidade com a Palavra, dedicar tempo à leitura, à escuta, à meditação. E aprender com Maria, que guardava tudo no coração e meditava à luz da fé.”
O bispo ressaltou ainda que, para viver a Aliança de Amor, é necessário fortalecer três pilares espirituais: a Palavra, a fé e a oração constante.
Durante todo o dia, os peregrinos puderam confraternizar em clima festivo, saboreando o tradicional bolo da Mãe e Rainha, com a surpresa especial da medalha da MTA escondida em algumas fatias — símbolo da graça e do carinho de Maria que se manifesta nos pequenos detalhes.
Alessandra Maria da Silva, coordenadora da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt da Região Santana, expressou com simplicidade e fé a alegria de servir à Mãe e Rainha:
“Eu que agradeço a experiência! Cada ano está sendo um aprendizado, não só para mim, mas para todas as minhas coordenadoras, que juntas fazemos de tudo para que Deus esteja feliz pela intercessão de Nossa Senhora. Muito obrigada!”
A peregrina Cícera Martins também expressou, com gratidão, o sentimento de ser atraída mais uma vez ao Santuário: “Estar no Santuário é sempre ocasião de graça, e, para celebrar os 111 anos de Schoenstatt, é graça especial. A Mãe me chamou para renovar com a Família, em seu Santuário, pela centésima décima primeira vez, a Aliança de Amor. Eu só podia me esforçar para corresponder ao seu chamado e estar presente, mesmo tendo que fazer alguns sacrifícios. O chamado da Mãe é prioridade. E ela nos recompensa sempre com muitas graças. Sou muito grata por ela ter me chamado, e espero conseguir retribuir sempre ao seu amor”
A Festa da Aliança de Amor foi marcada por um clima de profunda gratidão, comunhão e renovação espiritual. Cada olhar, cada gesto de consagração diante do Santuário expressava a certeza de que essa história, iniciada há 111 anos, continua viva renovando corações e gerando confiança vitoriosa no Pai.