Notícias

Acolher, unir e transformar: graça que brota do Santuário de Schoenstatt

Queridos coordenadores, missionários e famílias que recebem a visita da Mãe Peregrina de Schoenstatt. Neste mês de agosto, o Papa Leão XIV pede para rezarmos pela convivência comum. A oração do Papa descreve a atual situação:

“Vivemos tempos de medo e divisão. Às vezes agimos como se estivéssemos sozinhos, levantando muros que nos afastam uns dos outros, esquecendo que somos irmãos e irmãs.”[2]

Por isso, continua o Papa: “Envia-nos teu Espírito, Senhor, para que torne a acender em nós o desejo de compreender-nos, de escutar-nos, de conviver com respeito e compaixão”. (…) Dá-nos a coragem de buscar caminhos de diálogo, de responder ao conflito com gestos de fraternidade, de abrir-nos ao outro sem temer as diferenças.”

Maria, ponte entre Deus e os homens
Maria é a ponte viva que une o céu e a terra. Ao dizer seu “sim” no momento da Anunciação, ela abriu o caminho para que Deus se fizesse homem e habitasse entre nós. No Santuário, ela continua a exercer essa missão: acolhe os corações feridos, os conduz ao Filho e os transforma com sua ternura materna. Como Mãe e Educadora, Maria nos ensina a amar, a escutar e a construir comunhão. Por isso, ser “construtor de pontes” é também seguir o exemplo dela — que não se fechou ao mistério, mas se abriu ao outro, tornando-se canal da graça divina.

Acolher o outro, fruto da graça do abrigo espiritual
No Santuário, a Mãe de Deus acolhe os corações e lhes oferece um lar. Ela responde ao anseio humano mais profundo, curando as feridas abertas pelo egoísmo, pelo desmoronamento da família, pela falta de diálogo e vínculos e pela grande distância de Deus.

Ferido pela carência de amor, o homem moderno tem a sua capacidade de amar restaurada no coração de Maria. Recebe a graça da transformação. Acolhido por ela, sente-se amado e compreendido, adquirindo a confiança e a segurança necessárias para aceitar o outro em sua totalidade e para construir um verdadeiro diálogo sendo um construtor de pontes! Somos capazes de estender as mãos para os que pensam diferente, que parecem distantes.

Na família, no trabalho ou na sociedade, ser um construtor de pontes é uma missão diária. É a arte de unir, de acolher e de transformar a separação em comunhão. É a prova de que a verdadeira força não está em dividir, mas em conectar.

Pe. José Kentenich, um “construtor de pontes”
Como Diretor espiritual dos jovens no Seminário, ele uniu os seminaristas em um ideal comum: no amor a Maria, na conquista da santidade. Seus princípios, anotados antes de iniciar sua atividade, revelam isso de forma clara:

‘‘Como professor, sê para teus alunos amigo paternal…”[3]

Como um construtor de pontes, ele sempre uniu e aproximou as pessoas. Na prisão em Coblença, ele conseguiu estabelecer uma ligação secreta com o exterior por meio de dois guardas. Assim, foram providenciados todos os paramentos e objetos sagrados para a celebração da Santa Missa em sua cela.[4] No Campo de Concentração de Dachau, o Pe. Kentenich recebia pacotes de alimentos e distribuía. “No dia 2 de outubro de 1942 recebe o primeiro pacote que continha dois pares de meias, 2 ovos cozidos, 250 gramas de manteiga e ainda bolachas e biscoitos salgadinhos. Com toda a naturalidade, mesmo sendo pouco, repartiu os alimentos com seus amigos mais próximos.[5] Sua capacidade de unir e acolher vinha de sua profunda vinculação com a Mãe de Deus.

As vocações: “pontes vivas” do amor de Deus
Neste mês dedicado às vocações, somos convidados a reconhecer que cada chamado — seja ao sacerdócio, à vida consagrada, ao matrimônio ou à missão laical — é uma ponte que Deus constrói para alcançar os corações. A vocação é sempre um dom e uma missão: ela nos tira do isolamento e nos envia ao encontro do outro. Quando vivida com autenticidade, torna-se sinal visível do amor divino que une, cura e transforma.

Neste dia 18, renovemos nossa Aliança de Amor. Depositemos nossas contribuições no Capital de Graças, para que a Mãe e Rainha de Schoenstatt conceda a todos que se aproximam de seu Santuário a graça de unir em vez de separar, seja na família, na comunidade paroquial ou em qualquer lugar.

“Com vosso Divino Filho, abençoai-nos ó Virgem Maria!”

Feliz Dia da Aliança de Amor!

[1] https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-07/papa-leao-xiv-intencao-oracao-agosto-convivencia-comum.

[2] Idem

[3] Kentenich. Uma vida pela Igreja, p.53

[4] Cf. Idem, p. 164,

[5] Idem, p.181

Publicado em: maeperegrina.org.br

Que bom ter você aqui! Para receber conteúdos e novidades do Santuário, faça parte do nosso canal no WhatsApp. Clique aqui!

Compartilhar:

NOTÍCIAS