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A Aliança de amor e o mês do rosário

Cícera Martins 

Neste 18 de outubro de 2024, celebramos os 110 anos da fundação de Schoenstatt, da primeira Aliança de Amor selada pelo Padre Kentenich e os jovens congregados marianos com a Mãe Três Vezes Admirável no Santuário Original. 

Com a Igreja, também celebramos o mês das missões e o mês do rosário, este último em memória da vitória dos cristãos sobre os turcos na batalha de Lepanto, em 1571,  vitória esta atribuída à oração do rosário. O papa Pio V instituiu o dia 7 de outubro como dia de Nossa Senhora do Rosário, e a Igreja ampliou a devoção para todo o mês. 

 

“A reza do santo rosário é recomendada pela Igreja como uma das formas mais expressivas do amor à Maria. É considerado um compêndio de todo o Evangelho, de vez que com os mistérios […] se lembram, em harmoniosa sucessão, os principais acontecimentos salvíficos. […] Assim, faz com que percorramos todas as realidades da fé com suas distintas facetas, as quais na verdade formam uma única e grande realidade ilustrada graficamente por essa forma de oração. […] Constitui igualmente uma das orações mais eficazes e excelentes da família cristã.”1  

 

Nossa Senhora, em suas aparições ao longo da história, sempre pediu que rezássemos o rosário como poderosa arma para conversão, para a paz, e pela qual podemos alcançar muitas graças.

 O padre José Kentenich considerava o rosário como “breviário de família e armadura de batalha, contra as dificuldades e vicissitudes da vida moderna.” Durante seu exílio, ele deu várias palestras às famílias, inspirando-as a esta preciosa devoção: “Também posso imaginar-me que nós, como católicos, queríamos justamente neste mês de outubro, transformar o rosário em nossa oração predileta”.2 

Pela Aliança de Amor, somos chamados a uma vinculação e doação maior à Mãe de Deus, a fim de que, por nossas orações e sacrifícios, ela possa permanecer no Santuário e aí realizar suas promessas e distribuir graças e dons em abundância. E não só ali, mas também em nossas casas ela quer estabelecer sua morada. Mas ela exige de nós, entre outras coisas, uma zelosa vida de oração, e o Pai e Fundador nos aponta o rosário como forma excelente de realizarmos esta exigência. 

Ele nos convidou a “usar também o Rosário para nos vincular, sempre mais profunda e intimamente, ao Santuário”. Ele ensinou que “a reza do terço estimula as famílias a constituírem o Santuário doméstico ou Santuário-Lar dentro dos seus próprios lares, lembrando a Igreja de  Cristo dos primeiros tempos, como centros religiosos nos próprios lares para a formação da família.” 

São suas, também, as palavras:

“Vejam: assim também temos algo muito original e belo, quando  agora digo: o Rosário é o meu breviário de família, mediante o qual eu cumpro,com toda a minha família, a tarefa de guarda do Castelo de Maria. (…) Cada vez que rezamos o rosário, erguemos um muro ao redor do nosso Santuário e oferecemo-nos, como instrumentos, à Mãe de Deus: Eis, aqui estou, eu te dou o meu coração, meu coração a ti pertence! Quero lutar, a fim de que tu, que Jesus, o Salvador e o Pai Eterno possam triunfar sobre Satanás e sobre o seu reino…” 

Tocados pelo amor que a Mãe nos presenteia em nossa Aliança com ela, podemos presentear-lhe com essa “forma expressiva de amor”. Não esqueçamos que “o Rosário é o nosso breviário de família e, ao mesmo tempo, a armadura de luta em todas as situações” e cultivemos “a intenção de tornar-nos, aos poucos, uma só família com a Mãe de Deus, e o Santuário, no centro de todo o nosso viver e amar”, para que possam se cumprir as palavras de nosso Pai: 

“Será obra de mestra se a Mãe de Deus conseguir mostrar-se e ser comprovada como a grande Educadora. Ela deve ajudar-nos, para que pertençamos totalmente a Ela, a fim de construir, com ela, um mundo novo. Devemos aprender a caminhar através da lama deste mundo sem sermos contaminados; não apenas nós, mas também os
nossos filhos.” 

Com o Fundador, queremos rezar e renovar nossa entrega: 

 

“Queremos espelhar-nos na tua imagem

E selar de novo nossa Aliança de Amor;

Faze-nos ser teus instrumentos,

Em tudo semelhantes a ti,

Constrói por nós em toda a parte

O teu Reino de Schoenstatt.” (J.K. 1944)

 

 

1 Strada, Angel. Maria, um exemplo de mulher. Ave-Maria, 199. 

2 Kentenich, José. O rosário. Textos selecionados. 2002. 

Fontes: 

STRADA, Angel. Maria, um exemplo de mulher. Ave-Maria, 199. KENTENICH, José. O rosário. Textos selecionados. 2002. 

KENTENICH, José. Tua aliança – nossa missão. Sociedade Mãe Rainha, 2014. 

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