O quarto domingo do mês foi dedicado à reflexão sobre a vocação leiga, lembrando que todos os batizados são chamados a viver sua fé de forma concreta no mundo: na família, no trabalho, na comunidade e em cada espaço onde se encontram.
A vocação leiga é um dom e uma missão que se expressa de maneiras diversas, mas sempre com um mesmo objetivo: tornar presente o Reino de Deus na vida diária. Essa realidade foi recordada em nosso Santuário com testemunhos de leigos que assumem, com fé, alegria e confiança vitoriosa, o chamado recebido.
“Ser coordenadora é missão, vocação, um dom”
Dionísia Silva, coordenadora regional da Forania de Diadema (Diocese de Santo André), partilha que sua missão à frente da Campanha da Mãe Peregrina é mais que um serviço:
“Sou honrada e privilegiada por a Mãe de Deus ter me escolhido e capacitado. Ser coordenadora vai além: cuido dos peregrinos da esperança aqui na terra, enquanto Maria cuida de nós na Jerusalém celeste. No âmbito familiar, procuro seguir os passos da Mãe com paciência, mansidão e caridade. Isso me faz crescer como esposa e mãe. Recentemente, na nossa romaria diocesana, vimos como é belo reunir tantos peregrinos para a Santa Missa: todos voltaram repletos do amor de Deus. Para nós coordenadores, a oração, a fé e a perseverança são fundamentais.”
A vocação leiga: graça e missão
Para o leigo consagrado Alexandre Balsanelli, ser vocacionado é assumir, no cotidiano, o chamado recebido no batismo:
“A vocação leiga é graça e missão. Pelo batismo, somos sacerdotes, profetas e reis: chamados a anunciar, servir e viver como irmãos. O leigo está no mundo como pai, filho, profissional e cristão, tornando o Reino de Deus algo concreto e real. Em Schoenstatt, aprendi que viver a vocação leiga é buscar a santidade no dia a dia, com fidelidade ao Evangelho. Ser leigo é viver no mundo aquilo que a minha vocação pede para ser exercida.”
“A missão é um presente da Mãe de Deus”
Tânia Prado, de Ribeirão Pires, contou como iniciou sua jornada vocacional:
“Meu primeiro contato com a Mãe Rainha aconteceu há mais de 20 anos, através de uma missionária que levava a imagem peregrina às famílias. Algum tempo depois, recebi o chamado para ser missionária. Fiz minha formação, participei do envio e, em 2018, iniciei minha missão de levar a Mãe Peregrina às famílias da minha comunidade. Pouco depois, também selei minha Aliança de Amor, que fortaleceu ainda mais meu vínculo com Maria.
Nessa caminhada, recebi o convite para assumir responsabilidades maiores, como coordenadora de paróquia e, depois, de foranias. Sempre pedi muito discernimento e me entreguei nas mãos da Mãe de Deus para servir com fidelidade.
Hoje, olhando para trás, vejo quantas graças recebi através da missão. Nos momentos mais difíceis da minha vida, encontrei força na Mãe e na espiritualidade de Schoenstatt. Ser leiga vocacionada é, para mim, um chamado de amor e confiança, que me faz caminhar todos os dias com Maria e para Maria, servindo às famílias e à Igreja.”
Chamados à santidade
A vocação leiga lembra a todos nós que a santidade não é algo distante, mas se constrói na vida simples, nos pequenos gestos de amor, na dedicação à família, na fidelidade ao trabalho e no serviço à Igreja. Inspirados pelo exemplo da Mãe e Rainha, cada leigo é convidado a ser testemunha viva do Evangelho em sua realidade.
No Santuário Tabor da Confiança Vitoriosa no Pai, rezamos por cada leigo e leiga, para que, fortalecidos na Aliança de Amor, sigam firmes em sua missão de construir um mundo mais humano e cheio da presença de Deus.