No último domingo, 27 de abril, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no bairro Paulicéia, em São Bernardo do Campo, acolheu o Encontro Diocesano da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt (CMPS), reunindo coordenadores, missionários e famílias das sete cidades do Grande ABC Paulista.
A programação teve início com a calorosa acolhida feita pelo pároco e reitor do santuário, Pe Guilherme Octaviano, que expressou alegria ao receber os participantes do movimento. Em clima de unidade e espiritualidade, o grupo se dirigiu à praça do Santuário, onde está localizada a Ermida da Mãe Rainha. Ali, juntos, rezaram o Terço do Confio, um dos momentos marcantes do encontro, reforçando a confiança filial na intercessão da Mãe de Deus.
Em seguida, os participantes se reuniram no interior do santuário para um momento formativo conduzido pela Ir. M. Sandra Maieski, da Obra de Schoenstatt. Com palavras de incentivo e fé, ela recordou o chamado do Papa Francisco para que os cristãos sejam sinal de esperança no mundo atual. “Temos um grande sinal de esperança: a Mãe Rainha, que devolveu a paz, a alegria e a esperança a tantas pessoas. Afinal, ela traz o autor da esperança em seus braços, que é nosso Senhor Jesus Cristo”, afirmou a Irmã de Maria.
Durante a Santa Missa, Pe Guilherme recordou que a celebração coincidia com o encerramento da Oitava da Páscoa, tempo litúrgico em que a Igreja continua celebrando a vitória de Cristo sobre a morte. “É como se ainda estivéssemos vivendo o Domingo da Ressurreição”, disse. O sacerdote também refletiu sobre o Domingo da Divina Misericórdia, alertando sobre o risco de banalizarmos essa graça ao vivermos a fé de forma automática, sem conversão verdadeira. “A misericórdia não é um reinício automático, mas um convite a seguir um caminho novo”, afirmou.
Ao meditar sobre o Evangelho, o padre destacou a figura de Tomé, o apóstolo que enfrentou uma crise de fé por não ter presenciado a primeira aparição do Ressuscitado. “Assim como Tomé, também passamos por dúvidas e crises. Mas elas podem nos tornar mais humildes, mais fortes e maduros. Jesus se aproxima justamente nesses momentos”, disse. Segundo ele, Tomé após reconhecer Jesus como “Meu Senhor e meu Deus” retornou à comunidade, uma lembrança de que a vivência comunitária fortalece a fé. “Quanto mais nos afastamos da comunidade, mais nos distanciamos de Deus. Caminhar juntos nos sustenta”, concluiu.
O encontro aconteceu em sintonia com o Ano Santo e com o jubileu de 75 anos da Campanha da Mãe Peregrina, celebrado em toda a Igreja. A data reforça o espírito missionário iniciado por João Luiz Pozzobon, que continua mobilizando milhares de famílias no Brasil e no mundo.