Nos dias 8 e 12 de março, o Santuário Tabor da Confiança Vitoriosa no Pai, localizado na Vila Mariana, São Paulo, recebeu uma importante iniciativa de formação para evangelizadores: a Oficina para Formadores da InfantoJuvenil. Este encontro, conduzido pela formadora Maria Lúcia Aufranc, teve como objetivo capacitar e fortalecer aqueles que dedicam seu tempo à missão de evangelizar crianças e jovens, promovendo um crescimento na fé e na espiritualidade cristã.
Reflexões e Vocação ao Serviço
A educação na fé é um desafio e, ao mesmo tempo, uma missão grandiosa. Como nos ensina a pedagogia de Schoenstatt, cada ser humano é um projeto único de Deus, chamado a crescer e desenvolver-se. Nesse sentido, a evangelização infantil não apenas forma as crianças, mas também alcança suas famílias, gerando um impacto transformador em toda a comunidade.
O curso teve início com a reflexão sobre a vocação ao serviço, baseando-se no evangelho de Lucas (39-45). A partir da leitura bíblica, foi abordado como “colocar-se a serviço” exige muitos sacrifícios e renúncias, mas, ao mesmo tempo, a grandeza de se entregar à missão de evangelizar se torna uma verdadeira alegria. A Palavra do Senhor, nos ensina que servir é também libertar-se, e a força do Espírito Santo se faz presente a cada momento dessa missão.
A oficina foi marcada por diversas dinâmicas que propuseram aos participantes uma pausa para refletir sobre seu compromisso pessoal com a evangelização. Cada um foi convidado a olhar para si mesmo e avaliar como está sendo um verdadeiro testemunho da fé no serviço evangelizador. Esse processo de autoavaliação trouxe à tona a necessidade de constante renovação e o desejo de melhorar, sempre impulsionados pela graça de Deus.
Experiências e Testemunhos
Essa experiência de formação tem sido marcante para muitos participantes. Miriam Evangelista destaca o despertar da missão: “Evangelizar não é apenas levar uma mensagem, mas olhar primeiro para dentro de nós, para a forma como vivemos essa missão. Como estamos atuando? Como nos apresentamos diante dessa responsabilidade? Compreender a InfantoJuvenil me fez perceber algo essencial: as crianças não são apenas evangelizadas, mas também evangelizadoras. Elas despertam a fé dentro de suas famílias, trazendo os pais de volta para a Igreja. E esse retorno à casa do Pai, ao compromisso do Batismo, e à consagração à Mãe de Deus é, sem dúvida, o mais precioso fruto dessa missão.”
Para Vera Lucia Pereira, acompanhar a transformação das crianças ao longo do caminho é algo gratificante: “Muitos chegam sem interesse, sem vontade de rezar ou participar da catequese, mas, ao longo do processo, acontece algo extraordinário: o coração deles se abre. Eles não apenas permanecem, mas passam a desejar estar ali, começam a evangelizar seus próprios pais e até trazem amigos para a catequese. É a criança evangelizando criança! E quando vemos essa mudança acontecer, entendemos que todo esforço vale a pena.”
Já Audilia Batista reforça a importância da evangelização infantil para a continuidade da Igreja: “Evangelizar crianças e adolescentes é garantir a continuidade da Igreja. Se não renovarmos e acolhermos os jovens, a comunidade enfraquece. É essencial que todos compreendam essa missão! O Papa Bento XVI enxergou essa necessidade ao trazer novamente os coroinhas para os altares. Durante um tempo, as funções litúrgicas foram assumidas apenas por adultos, e as crianças ficaram de fora. Ele percebeu que, sem essa inclusão desde pequenos, as vocações diminuem, e a Igreja perde sua vitalidade. Por isso, trazer as crianças para perto é muito mais do que uma tarefa: é um compromisso com o futuro da nossa fé.”
Compromisso com a Missão
A Oficina para Formadores da InfantoJuvenil reafirmou a importância da missão de evangelizar as novas gerações, fortalecendo a caminhada daqueles que se dedicam a essa tarefa tão essencial. A troca de experiências e o aprofundamento na espiritualidade proporcionaram aos participantes não apenas conhecimento, mas também um novo ânimo para seguir com entusiasmo na formação das crianças e jovens. Com essa iniciativa, a esperança é que cada formador se torne um elo forte na construção de uma Igreja viva e acolhedora, onde os pequenos também sejam protagonistas da fé.
