Thelma Soutello e Carmen Silvia Porto
No último sábado, 9 de novembro de 2024, peregrinos e missionários de várias regiões de São Paulo se reuniram para selar sua Aliança de Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt no Santuário Tabor da Confiança Vitoriosa no Pai, na Vila Mariana – São Paulo. O dia amanheceu nublado, com previsão de chuva, mas nem o tempo incerto conseguiu apagar a alegria e a emoção que pairavam no ar.
A acolhida, feita pela Ir.M. Sandra Maieski, trouxe uma profunda reflexão sobre o compromisso que os consagrantes estavam prestes a assumir, conectando o ato de consagração com o histórico 18 de outubro de 1914, data da primeira Aliança de Amor. Os olhares de emoção e expectativa eram visíveis enquanto mais de 60 pessoas adentravam o Santuário para assinar o Livro da Aliança, um momento único e profundamente significativo.
Após esse momento, os consagrantes, agora com suas medalhas em mãos, aguardavam a Celebração Eucarística, presidida pelo Padre Reni Nogueira dos Santos. O clima no Santuário era de intensa piedade e concentração. Cada pessoa estava visivelmente emocionada, pronta para entregar seu coração à Mãe de Deus e perpetuar sua presença real no Santuário.
Entre os consagrantes daquele dia esteve Cristine Aparecida Ribeiro Montecinos, que remete a um testemunho emocionante sobre sua preparação e a importância daquele momento.
” Recentemente, vi um vídeo de uma bebezinha que, ao acordar assustada, chorava até ver o olhar da mãe, e imediatamente se acalmava e sorria. Isso me lembrou da frase de Nossa Senhora de Guadalupe: ‘Não estou eu aqui, que sou sua Mãe? ‘Senti que aquela criança era eu, e Nossa Senhora era a mãe que me consolava com seu sorriso.
Nas semanas que antecederam minha Consagração, enfrentei muitos desafios, incluindo a perda da minha mãe Darci, que me acompanhou no primeiro encontro de preparação. Sua ausência me doía, mas eu tinha a certeza de que ela estava em um bom lugar, graças à misericórdia de Jesus e à intercessão da Mãe Rainha de Schoenstatt.
Ainda sobre a preparação, tenho buscado viver o que aprendi, algumas vezes conseguindo, e muitas outras errando; caindo, porém, levantando e continuando a caminhar, feito a bebezinha da história acima. Confio que a Mãe Educadora está guiando meus passos.
Particularmente para a celebração de Consagração, comentei com meu grupo de amigos que havia ajeitado meus cabelos, minhas unhas, escolhido meu melhor vestido; porém, o preparativo mais importante seria procurar o santo sacramento da Confissão, já que mais importante seria deixar o meu interior ‘limpinho, cheiroso, arrumadinho’ para comparecer perante a Mãe Rainha e a Ela me entregar.
Acontece que o tempo foi corrido e, quando me dei conta, vi que não conseguiria a minha confissão prévia tão desejada; até que, por mais uma dessas sutilezas do amor da Mãe e de Seu Filho, nosso Jesus, por intercessão dos santos e, tenho certeza, um empurrãozinho do Santo Anjo do Senhor que me guarda, aconteceu o inusitado: uma forte chuva interrompeu o trabalho e fui liberada mais cedo. Isso possibilitou que eu chegasse a poucos minutos do fim de uma fila de umas cinquenta pessoas – graças a Deus, tanta gente procurando o sacramento da reconciliação! – e, assim, pude me confessar e, verdadeiramente, ficar pronta para comparecer diante da Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt e com ela selar nossa Aliança de Amor.
A celebração foi um sonho. Cada palavra da liturgia parecia encaixar-se perfeitamente no momento que vivíamos. E, para minha surpresa, no caminho até o Santuário, meu marido, que conseguiu me acompanhar naquele dia, me convidou para rezar o terço. Foi um gesto simples, mas de grande significado para mim. Eu sabia que, naquele momento, estava sendo abraçado pelo amor da Mãe, a quem agora eu pertenço.”
Pedro Silva, coordenador diocesano da Campanha da Mãe Peregrina na Diocese de Campo Limpo, também apresentou sua vivência no evento:
Sentir a paz e o amor de Maria comigo, selar a Aliança de Amor com a Mãe Rainha, foi simplesmente maravilhoso. Senti que eu pertenço a Ela e que Ela me pertence.
Durante a missa, a Ir. M. Sandra sugeriu que, no dia 9 de cada mês, todos renovassem sua Aliança de Amor para manter viva essa experiência de graças. O encerramento da celebração foi marcado por um gesto simbólico: os formadores acenderam uma vela comemorativa do Centenário, e, em seguida, acenderam as velas dos participantes, que foram abençoados com suas medalhas.
Foi uma manhã de luz e de grande alegria, um dia que, sem dúvida, ficará marcado no coração de todos que estiveram presentes.