No Domingo in Albis, 25 de abril de 1897, José Kentenich, ainda menino, recebeu pela primeira vez Jesus Eucarístico. Acompanhado de sua mãe, Katarina Kentenich, aquele momento marcou não apenas um passo na fé, mas a revelação de um desejo profundo: tornar-se sacerdote. Na intimidade com Cristo, ele percebe seu chamado e o entrega, em segredo, ao coração materno que o acompanhava.
Esse encontro com a Eucaristia se tornaria o centro de sua vida. O Pe. Kentenich não apenas viu em Jesus Sacramentado a meta, mas encontrou Nele a força e o estilo de vida que o sustentaria até o fim. Ao falar às Irmãs de Maria, muitos anos depois, ele deixou claro: “Cristo deve ser, cada dia mais, o centro de minha vida, para que eu me torne Cristo.”
A Eucaristia, para ele, não era apenas devoção. Era transformação. Ele nos ensinou que assim como o pão e o vinho se transformam no altar, também nós somos chamados a viver uma “transformação interior”, permitindo que Cristo viva e ame em nós. E essa mudança começa com um coração que permanece junto ao Tabernáculo, que se deixa moldar pela presença viva de Deus.
A vocação sacerdotal do Pe. Kentenich brotou desse amor eucarístico e foi fortalecida por Maria. Diante da resistência da própria mãe, ele confiou à Mãe de Deus seu desejo. Maria não só o acolheu, mas também abriu caminhos para que esse sonho fosse possível, conduzindo-o ao seminário antes mesmo dos 14 anos.
O “pai e fundador” de Schoenstatt assumiu, com coragem, sua missão: formar, por meio da Aliança de Amor, corações profundamente enraizados em Cristo e moldados por Maria. Ele acreditava que o mundo precisava de figuras paternas, espirituais e humanas, que ajudassem a restabelecer a confiança em Deus como Pai.
Hoje, ao recordar sua Primeira Comunhão, somos convidados a renovar também nossa entrega. Que nossa vida seja eucarística, que nossos corações sejam moldados no Tabernáculo, que sejamos, como ele, outros Cristos para o mundo pelas mãos de Maria, para a glória do Pai.
Referência: schoenstatt.org.br
