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16 de novembro – dia especial para a Obra de Schoenstatt

Maria Rita Vianna

Todo aniversário deve ser comemorado. O aniversário natalício do Pe. José Kentenich, recordado 16 de novembro, é dia muito especial para a Obra de Schoenstatt comemorar.

Ano 1885; as pessoas que moravam perto da casa de seus avós, na pequena aldeia de Gymnich, na Alemanha, às 7 horas da manhã, ouviram o primeiro chorinho de Pedro José Kentenich, como foi registrado e batizado.

Durante algum tempo, tinha-se 18 de novembro como data do seu nascimento; depois, por meio de pesquisas, descobriu-se que o avô só pôde registar seu nascimento no cartório no dia 18 porque a aldeia estava em festa, comemorando o Dia do Padroeiro, São Cuniberto; por causa da quermesse, o cartório estava fechado.

 

Primeiros anos

Matias José Koep foi o progenitor de Pedro José Kentenich; Matias era capataz da fazenda onde a mãe, Catarina Kentenich, trabalhava; Matias não assumiu a paternidade; como mãe-solo, como se diz atualmente, coube à Catarina o sustento do filho.

Catarina e o pequeno José moravam com os avós, Matias Kentenich e Ana Maria Blatzheimm Kentenich; sua prima Henriqueta foi a grande companheira nas brincadeiras e as travessuras comuns a toda criança.

A vida da família era cercada por dificuldades financeiras e os avós envelheciam; Catarina precisava tomar uma decisão. Procurou então seu diretor especial, Pe. Savels, que cuidava do Orfanato de Oberhausen para crianças carentes e órfãs; ele ofereceu uma vaga ali para o menino José. Depois de muita luta interior, no dia 12 de abril de 1894, com a prima Henriqueta, Catarina levou o filho para o orfanato. Embora tão criança, José, com profunda tristeza por se afastar da mãe, dos avós, da prima e de sua aldeia natal, compreendeu a situação. Foi a primeira grande mudança e a primeira cruz na vida de José Kentenich.

 

A experiência da qual surgiu a Obra de Schoenstatt

No dia em que deixou o menino José no orfanato, Catarina encontrou uma Imagem da Mãe de Deus; entregou a ela os cuidados de seu filho.

Embora a tenra idade, o menino José entendeu na profundidade o pedido da mãe, que ficou pulsando em seu coração, como algo que podia se estender a todos. Citou o episódio anos depois, em 1914, para explicar que a Mãe de Deus foi sua única Educadora; assim expressou:

“Há alguns anos, vi na capela de um orfanato uma estátua da Mãe de Deus que tinha ao pescoço uma correntinha e uma cruz douradas. A correntinha e a cruz eram a recordação de primeira comunhão da uma mãe, que se viu forçada a colocar seu filho único num orfanato, devido a uma situação familiar adversa. Não lhe era possível continuar a cuidar de seu filho como mãe. O que podia, então, fazer, na angústia do seu coração e dos seus cuidados? Toma a única recordação de valor de sua infância, a sua lembrança da primeira comunhão, e coloca-a ao pescoço da Mãe de Deus, com o pedido insistente: ‘Nossa Senhora, educa meu filho! Sê-lhe inteiramente mãe! Cumpre no meu lugar os deveres de mãe!’”

Nascia, ali, a semente da Aliança de Amor que hoje é o carisma da Obra de Schoenstatt.

 

O desejo de ser sacerdote

Os anos no orfanato foram difíceis para Pedro José; considerando a liberdade que tinha nos arredores e na casa dos avós, sentia ele sensação de falta de espaço pessoal, porque o ambiente do orfanato era voltado exclusivamente à rígida disciplina. Para compensar a falta de liberdade que sentia, dedicava-se exaustivamente ao estudo, compondo poemas onde ficava claro seu sofrimento.

Tudo o levou à decisão de ser sacerdote, mesmo porque nunca lhe passou pela cabeça a ideia de casar-se. José Kentenich nasceu com a vocação ao sacerdócio; compreendeu-a em sua tenra infância. Pe. Savels acompanhava com carinho o menino, certificando-se se a pretensa vocação era apenas ‘fogo de palha’ de uma criança. Anos mais tarde, o já Pe. José Kentenich afirmou que viu no Pe. Savels um modelo de sacerdote e amável confessor.

Comunicou sua decisão à mãe no dia 25 de abril de 1897, quando fez sua Primeira Comunhão. Para controlar mais essas dificuldades que surgiram, mais uma vez, Pe. Savels interveio e conseguiu que José fosse recebido em uma comunidade bem jovem, chamada Sociedade Missionária, sob a direção dos sacerdotes Pallotinos, na cidade de Ehrenbreitstein. Ali o agora jovem José Kentenich chegou no dia 23 de setembro de 1899 e, segundo alguns testemunhos, sempre teve grande apoio de alguns sacerdotes.

Pesava-lhe o fato de ter crescido sem pai, embora visse a paternidade no avô. Tal sentimento influenciou em tudo a Espiritualidade à qual hoje temos acesso. Aos poucos, convenceu-se a si mesmo que tinha a missão de ser pai espiritual para muitas almas.

Após outras tantas dificuldades e sofrimentos, Pedro José Kentenich foi ordenado sacerdote no dia 8 de julho de 1910, na Casa Missionária de Limburgo, pelas mãos de Dom Henrique Vieter.

 

Celebrar o aniversário do Pe. José Kentenich hoje

Hoje é um dia propício para refletir sobre a vida e a missão do Pe. Kentenich. Refletir sua entrega e seu amor à Igreja, ao Movimento que Deus Pai lhe concedeu fazer nascer e florescer. Sua missão primeira, a que mais o entusiasmou, foi levar todas as pessoas de volta ao Coração de Deus, porque, como ele mesmo disse: Deus é Pai, Deus é bom e bom é tudo o que Ele faz.

Seu profundo amor à Mãe de Deus o levou a consagrar a si mesmo, e todos os que dele se aproximavam, ao Coração Imaculado de Maria, pela Aliança de Amor, que é uma troca de corações: entregamos nosso pobre coração ao Coração da Mãe de Deus e ela coloca o seu santo Coração em nosso viver; o “Nada sem vós, nada sem nós” torna-se devoção à Mãe Três Vezes Admirável sim, mas sempre com o compromisso de cumprir as Exigências, ajudando-a a transfigurar a realidade hoje.

Assim, 16 de novembro é dia de, a seu exemplo, renovar nosso compromisso de discípulos e missionários de Jesus, levando a esperança a tantos corações, esperança da salvação eterna, de paz divina.

É dia para que seus filhos espirituais e todos que buscam a Mãe de Deus nos Santuários de Schoenstatt perguntem a si mesmo:

  • Como vou presentear o Pe. José Kentenich pelo seu aniversário?
  • Como sigo seu exemplo?
  • Como as mensagens que ele deixou me levam a compreender minha missão, na vivência da minha vocação pessoal?
  • Junto às estátuas do Pe. José Kentenich que há em todos os Santuários de Schoenstatt, ou mesmo diante de uma foto sua, assumir o compromisso: Vou contigo, Pai e Fundador! Aqui estou! Meu coração em teu coração. Meu pensamento em teu pensamento. Minha mão em tua mão. Pai, tua herança, minha missão!

Para finalizar, se você quiser conhecer muito mais da vida santa e profética do Pe. José Kentenich, pode encontrar, nas lojas do Santuário, os três livros de Ir. Dorothea M. Schlickmann.

Fonte: Ir. Dorothea M. Schlickmann, Os anos ocultos

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